O Governo do Paraná, através da Secretaria da Mulher e Igualdade Racial (Semi), realizou nesta segunda-feira (8), o 2° Encontro das Mulheres Negras e Comunidades Tradicionais. O evento foi realizado no auditório Mário Lobo – Palácio das Araucárias, e contou com a presença da secretária Estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte. Também participaram do evento a procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, a deputada Cloara Pinheiro, representantes do Conselho Estadual de Igualdade Racial e vereadoras e representantes de movimentos sociais negros e coletivos organizados por mulheres negras paranaenses.

O objetivo do evento, conforme a secretária Leandre, foi acolher as demandas da sociedade civil organizada, para a construção coletiva de políticas públicas para a igualdade racial e a defesa das mulheres negras. O primeiro evento foi realizado no dia 10 de abril.

“A criação da Semi é um grande avanço para as políticas públicas, especialmente para as mulheres que muitas vezes são invisibilizadas. Neste processo de construção, o objetivo é criar uma fundação para uma política de estado, para deixar um legado para as futuras gerações. A mudança real depende de uma nova cultura, onde a redução das desigualdades e a transformação de histórias de vida são o foco”, afirmou a secretária.

A secretária lembrou que, além do diálogo com as mulheres negras, a Semi já realizou também diálogos com as religiões de matrizes africanas e que no dia 24 deste mês vai realizar o 1º Evento dos Povos Ciganos do Estado do Paraná.

Leandre também incentivou as presentes a convidar mais mulheres para participar do próximo evento, que será programado para o mês de agosto. A partir de agora as reuniões com as mulheres negras serão realizadas a cada três meses pela secretaria.

A vereadora Derli Gonçalves, de Jaguariaíva, participou do evento. Ela compartilhou sua história de vida e falou sobre o combate ao preconceito e ao racismo institucionalizado. “É uma honra estar presente. Aqui na Secretaria encontrei aprendizado e conheci uma professora maravilhosa chamada Clemilda. Ela despertou em mim a paixão por certas atividades que eu havia perdido o interesse. Agora, estamos prontos para trabalhar juntos, avançar e fazer com que as pessoas valorizem e respeitem o nosso trabalho”, disse.