A cada 8 minutos, uma mulher é vítima de estupro no país 26/04/2024 - 14:19
Números da violência contra a mulher no Brasil revelam uma realidade preocupante, 67.626 ocorrências de estupro em mulheres, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Isso equivale a uma média de um estupro a cada 8 minutos no país. Só no Paraná, foram 6.063 ocorrências. Esses números representam uma taxa de 101,7 casos por 100 mil habitantes.
Além dos estupros, o Estado também registrou 174 homicídios de mulheres em 2022, conforme o mesmo relatório. Outro dado mostra que em relação à violência doméstica no Paraná, 76,2% das ocorrências registradas ocorreram dentro das residências das vítimas.
No contexto nacional, o Sudeste, a região mais populosa, liderou em número de ocorrências de estupro, com 22.917 casos. Em seguida, a Região Sul registrou 14.812, seguida pelo Nordeste, com 14.165 casos. O Norte e o Centro-Oeste também apresentaram números significativos, com 8.060 e 7.672 casos, respectivamente.
Os dados, provenientes de diversas fontes, incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Saúde e IBGE, revelam uma realidade preocupante, onde uma em cada cinco mulheres entrevistadas em 2021 relatou sentir um “risco médio ou alto de ser vítima de agressão sexual”.
A violência contra as mulheres é descrita como uma instituição social que perpetua relações de dominação e exploração. A maioria dos casos de violência sexual, doméstica e outras formas de violência registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde são direcionados às mulheres.
Além disso, as estatísticas de saúde revelam que a residência é o principal local de agressão, seguido por vias públicas e estabelecimentos como bares e restaurantes. Os agressores, predominantemente homens, representaram 77,2% dos casos registrados em 2022, conforme indicado no documento.
As mulheres negras são particularmente vulneráveis, sendo a maioria das vítimas de violência sexual e doméstica. Apesar disso, enfrentam condições mais desfavoráveis no mercado de trabalho, com menores taxas de participação e rendimentos inferiores, como ressaltado pela Lei 14.611/2023, que busca garantir igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.
Segundo a ministra da Mulheres, Cida Gonçalves: “Se queremos democracia em um país civilizado, nós precisamos ter democracia, nós precisamos ter igualdade e nós precisamos ter justiça social”, completou.
Para as mulheres que enfrentam a violência sexual, é fundamental saber que existem recursos disponíveis para oferecer apoio e orientação. Centros de acolhimento, redes de apoio psicológico e jurídico, além de canais de denúncia como o Disque 180, estão à disposição para auxiliar essas mulheres em momentos de vulnerabilidade.
Fonte: Ministério da mulher e Agência Brasil